A perda do controle das contas pessoais é um fator com forte potencial para o desequilíbrio emocional, que pode repercutir no desempenho profissional. Administrar os próprios recursos financeiros é, portanto, fundamental para evitar estresse e todos os sentimentos indesejados decorrentes da falta de planejamento.
Nossa atenção, portanto, deve ser orientada para evitar que se entre no vermelho. E sempre que estivermos na iminência de, é momento de algumas perguntas fundamentais: Será que este é o melhor momento para eu avançar o sinal? Será que preciso mesmo realizar esta compra? Não posso esperar para realizá-la em um momento mais apropriado?
Para dimensionar seu poder de endividamento você precisa trabalhar com a realidade dos números, não fantasiar com a parte de sua renda que não é garantida e jamais se deixar levar pela tentação do crédito fácil disponível no sistema financeiro e das decisões precipitadas de consumo, embaladas pela empolgação.
As facilidades de compra nem sempre estão sintonizadas com as nossas necessidades imediatas e com nossa capacidade financeira. Saber equilibrar o desejo estimulado externamente com o desejo vinculado à necessidade real é um exercício permanente e árduo. Mesmo a necessidade real não pode perder de vista nossa capacidade de se comprometer com crediários. Claro que há aquele momento em que procuramos no consumo algum tipo de prazer. Só que esse impulso não pode ir para a irracionalidade.
Desde o cafezinho até o almoço fora de casa, todos os gastos precisam estar contabilizados, pois impactam em nossas finanças. Muitas vezes fazemos as contas com base em nossa capacidade de crédito e no poder de consumo (é o velho “esta prestação cabe no meu orçamento”), mas não levamos em conta a parte elementar: saber exatamente o quanto ganhamos. Unir estas duas partes é fundamental e pode ser feito a partir de uma simples planilha.
Faça um teste para saber se conhece o seu orçamento pessoal ou familiar:
• Qual é o seu salário bruto? Quais os descontos que aparecem no seu holerith? Qual o valor atual do seu salário líquido?
• Quantos dias do mês dura o seu salário?
• Quanto do seu salário você deduz para investimento em poupança e plano de aposentadoria?
• Quanto você investe em sua formação profissional e de sua família?
• Quanto você investe em alimentação adequada e plano de saúde?
Pois bem. Este é só o começo de uma longa conversa, que exige mudança de hábito e disciplina.